Fonte (24/09/2008) Instituto de Filosofia da Libertação (Curitiba, Brasil)
PRÊMIO INTERNACIONAL PELA FILOSOFIA O Prêmio Internacional pela Filosofia Karl-Otto Apel foi entregue a Raúl Fornet-Betancourt no dia 20 de setembro de 2008, às 18 horas, na sala de convenções do Grand Hotel delle Terme Luigiane, Guardia Piemontese-Acquappesa, Itália. O filósofo e teólogo cubano Raúl Fornet-Betancourt é figura de ponta da filosofia da libertação latinoamericana, professor na Universidade de Bremen e professor honorário de filosofia na Universidade de Aachen, diretor do Departamento Latino-americano do Istituto de Missionologia de Aachen, Alemanha. Na ocasião esteve presente o filósofo alemão Karl-Otto Apel, presidente honorário da fundação que tem seu nome e que é responsável pela outorga do prêmio. A ocasião significou mais uma etapa de confronte entre a ética do discurso e a filosofia da libertação em chave intercultural, seguindo a lógica proposta pelo filósofo Raúl Fornet-Betancourt a partir de 1989 quando abriu um frutíferoconfronto entre as posições teóricas de Karl-Otto Apel e Enrique Dussel e propôs a transformação da filosofia da libertação, da qual é um dos pioneiros, em filosofia intercultural. “O prêmio, que está em sua segunda edição – como informa o seu idealizador, o professor Michele Borrelli, professor de Pedagogia Geral na Universitá degli Studi della Calabria (UNICAL) – e é o único premio de filosofia entregue a filósofos de fama mundial entregue na Itália, é organizado pelo Centro Filosófico Internacional Karl-Otto Apel em colaboração com a cidade de Acquappesa. Na edição passada foi entregue a Gianni Vattimo por ter inserido no pensamento débil a reflexão filosófica sobre o valor ético da caridade. Uma conotação peculiar do prêmio é a centralidade dada a programas e modelos de filosofia que enfrentam os grandes problemas éticos e políticos de nossa sociedade. Este ano – prossegue Barrelli – o prêmio será conferido a Raúl Fornet-Betancourt por ter construído um perspectiva filosófica original como modelo de filosofia intercultural que se caracteriza pela estimulação reflexiva ético-política no conflito Norte-Sul. Raúl erigiu tal filosofiacomo proposta alternativa à globalização mundial. O universalismo proposto pela globalização, com seu caráter homogeneizante e a conseqüente redução de toda forma de pensamento diferente, divergente ou alternativo ameaça a sobrevivência da humanidade na sua diversidade contextual e cultural. O universalismo proposto pela filosofia intercultural de Fornet-Betancourt, ao contrário, baseia-se na pluralidade dos contextos e das culturas. Para Fornet-Betancourt, a contextualidade não impede a universalidade se se entende esta última como solidariedade na qual as diferentes contextualidades são legadas umas às outras. Fazendo assim, Raúl descentra a filosofia, livrando-a dos tradicionais paradigmas metafísicos que não conseguem tomar a sério a interculturalidade e a contextualidade: a contextualidade é a condição da interculturalidade e esta última é o potencial crítico que compreende a contextualidade não como um dado definitivo, mas como realidade a interrogar. Emoutras palavras, não obstante a contextualidade, as culturas nãos somente podem comunicar-se, mas também abrir-se ao diálogo intercultural”.A cerimônia foi moderada e presidida pelo professor Silvio Gambino, presidente da Faculdade de Ciências Políticas da UNICAL. Entre os presentes: o filósofo alemão Karl-Otto Apel, Mario Tassone e Giuseppe Pierino, Emilio Sciammarella (Presidente da Università Popolare Acquappesa), Giancarlo Tripicchio (Presidente Acquafestival), Gaetano Bencivinni (Laboratorio Losardo Cetraro), Giuseppe Aieta (Prefeito de Cetraro), Saverio Capua (Prefeito de Acquappesa), Tonino Cistaro (Prefeito de Guardia Piemontese), Walter Pellegrini (Editore), dom Giacomo Minervino (Pároco de Acquappesa). O professor Borrelli fez a tradução da intervenção de Fornet-Betancourt que teve por título Tese para uma filosofia do presente. A comissão do prêmio, presidida pelo professor Michele Borrelli, foi formada pelos seguintes membros: Saverio Capua, Rodolfo Trotta, Giovanni Sacco, Battista Bufanio, Giorgio Maritato e Francesca Caputo.Mais Informações: Centro Filosofico Internazionale Karl-Otto Apelwww.centrofilosofico-karl-otto-apel.net/
PRÊMIO INTERNACIONAL PELA FILOSOFIA O Prêmio Internacional pela Filosofia Karl-Otto Apel foi entregue a Raúl Fornet-Betancourt no dia 20 de setembro de 2008, às 18 horas, na sala de convenções do Grand Hotel delle Terme Luigiane, Guardia Piemontese-Acquappesa, Itália. O filósofo e teólogo cubano Raúl Fornet-Betancourt é figura de ponta da filosofia da libertação latinoamericana, professor na Universidade de Bremen e professor honorário de filosofia na Universidade de Aachen, diretor do Departamento Latino-americano do Istituto de Missionologia de Aachen, Alemanha. Na ocasião esteve presente o filósofo alemão Karl-Otto Apel, presidente honorário da fundação que tem seu nome e que é responsável pela outorga do prêmio. A ocasião significou mais uma etapa de confronte entre a ética do discurso e a filosofia da libertação em chave intercultural, seguindo a lógica proposta pelo filósofo Raúl Fornet-Betancourt a partir de 1989 quando abriu um frutíferoconfronto entre as posições teóricas de Karl-Otto Apel e Enrique Dussel e propôs a transformação da filosofia da libertação, da qual é um dos pioneiros, em filosofia intercultural. “O prêmio, que está em sua segunda edição – como informa o seu idealizador, o professor Michele Borrelli, professor de Pedagogia Geral na Universitá degli Studi della Calabria (UNICAL) – e é o único premio de filosofia entregue a filósofos de fama mundial entregue na Itália, é organizado pelo Centro Filosófico Internacional Karl-Otto Apel em colaboração com a cidade de Acquappesa. Na edição passada foi entregue a Gianni Vattimo por ter inserido no pensamento débil a reflexão filosófica sobre o valor ético da caridade. Uma conotação peculiar do prêmio é a centralidade dada a programas e modelos de filosofia que enfrentam os grandes problemas éticos e políticos de nossa sociedade. Este ano – prossegue Barrelli – o prêmio será conferido a Raúl Fornet-Betancourt por ter construído um perspectiva filosófica original como modelo de filosofia intercultural que se caracteriza pela estimulação reflexiva ético-política no conflito Norte-Sul. Raúl erigiu tal filosofiacomo proposta alternativa à globalização mundial. O universalismo proposto pela globalização, com seu caráter homogeneizante e a conseqüente redução de toda forma de pensamento diferente, divergente ou alternativo ameaça a sobrevivência da humanidade na sua diversidade contextual e cultural. O universalismo proposto pela filosofia intercultural de Fornet-Betancourt, ao contrário, baseia-se na pluralidade dos contextos e das culturas. Para Fornet-Betancourt, a contextualidade não impede a universalidade se se entende esta última como solidariedade na qual as diferentes contextualidades são legadas umas às outras. Fazendo assim, Raúl descentra a filosofia, livrando-a dos tradicionais paradigmas metafísicos que não conseguem tomar a sério a interculturalidade e a contextualidade: a contextualidade é a condição da interculturalidade e esta última é o potencial crítico que compreende a contextualidade não como um dado definitivo, mas como realidade a interrogar. Emoutras palavras, não obstante a contextualidade, as culturas nãos somente podem comunicar-se, mas também abrir-se ao diálogo intercultural”.A cerimônia foi moderada e presidida pelo professor Silvio Gambino, presidente da Faculdade de Ciências Políticas da UNICAL. Entre os presentes: o filósofo alemão Karl-Otto Apel, Mario Tassone e Giuseppe Pierino, Emilio Sciammarella (Presidente da Università Popolare Acquappesa), Giancarlo Tripicchio (Presidente Acquafestival), Gaetano Bencivinni (Laboratorio Losardo Cetraro), Giuseppe Aieta (Prefeito de Cetraro), Saverio Capua (Prefeito de Acquappesa), Tonino Cistaro (Prefeito de Guardia Piemontese), Walter Pellegrini (Editore), dom Giacomo Minervino (Pároco de Acquappesa). O professor Borrelli fez a tradução da intervenção de Fornet-Betancourt que teve por título Tese para uma filosofia do presente. A comissão do prêmio, presidida pelo professor Michele Borrelli, foi formada pelos seguintes membros: Saverio Capua, Rodolfo Trotta, Giovanni Sacco, Battista Bufanio, Giorgio Maritato e Francesca Caputo.Mais Informações: Centro Filosofico Internazionale Karl-Otto Apelwww.centrofilosofico-karl-otto-apel.net/
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